sábado, 27 de setembro de 2014

Abertura do Novo Ano Pastoral

“O prazer espiritual de ser povo .”

Um novo ano pastoral inicia-se e somos convidados a acolher e a viver um lema que é retirado da Exortação Apostólica do Papa Francisco Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho, na tradução portuguesa). 

Assim como as nossas crianças e adolescentes entraram em mais um ano letivo, com os sentidos atentos à descoberta e à aprendizagem e com cadernos novos ávidos de sabedoria e de partilha, também desejamos vê-los chegar, com uma vontade e alegria inabaláveis, para retomarem o seu lugar na nossa bela caminhada comunitária neste novo ano catequético. Um ano inteiro para, de corpo e alma, nos entregarmos à Missão que Jesus nos confia de tomarmos conta de todos. 

De facto, só Jesus pode fazer-nos este convite porque Ele é o verdadeiro caminho e é o Seu amor infinito que nos reúne. Jesus conhece bem o nosso coração e ajuda-nos a fazer festa para celebrarmos a grande alegria de estarmos juntos e na presença uns dos outros, como Povo amado e escolhido. 

Todos temos agendas pessoais e familiares preenchidas, compromissos escolares e profissionais, limites de tempo e de energia mas, como Cristãos, não podemos esquecer-nos de que Jesus está presente em todos os momentos, nos espaços geográficos e afetivos em que nos movemos, sejam eles a casa e a família; a escola ou o trabalho e as pessoas com quem, nesses lugares, partilhamos os nossos dias; sejam ainda os transportes, o supermercado, a biblioteca, o café, o jardim…; sejam também evidentemente a Igreja e a comunidade paroquial que aqui, nas Antas, formamos. 

A Missão que Jesus pede ao Seu Povo que somos concretiza-se em coisas muito simples como: estar disponível, participar nos momentos de encontro, aprender a escutar, aprender a intervir, saber aceitar e perdoar, deixar-se envolver e iluminar pelo amor, ver Jesus presente em cada pessoa e ajudar cada pessoa a fazer essa maravilhosa descoberta de ter Jesus em si. Isso não é fácil porque temos de nos envolver com os problemas reais das pessoas, ficar perto delas e não nos limitarmos à falsa muralha de “felizes aparências” com que mascaramos, às vezes, as nossas relações. Mas é compensador. Quando o fazemos, a vida complica-se sempre maravilhosamente e vivemos a intensa experiência de ser povo, a experiência de pertencer a um povo. 

Ana Paula 

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